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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Agora todo mundo verá ...

Pensando por onde começar, parece difícil, o modo como realmente começou você chamaria de clichê, algo inventado, mas foi real de modo que ainda posso sentir esse laço nos envolvendo...

Começou com um acaso, algo que parecia ser planejado, puxando milhões de coincidências, só algumas simples conversas que tomaram proporções e sentimentos intensos em pouco tempo, logo já começou a fazer parte dos dias, dos pensamentos e de mim. Lembro-me da nossa primeira conversa acho que falamos umas dez vezes a palavra "coincidência", conversávamos sobre tudo sobre nossas vidas, sobre nossas manias, sobre nossos sonhos e compartilhávamos tudo (Ainda não achei algo que discordássemos), comecei a me ver nele, teoricamente, pois não me lembrava daquele individuo que fazia parte da minha vida inconscientemente, não me conformava com o fato de estarmos tão perto e nunca nem ao menos ter notado, de todas as vezes que ele deve ter passado ao meu lado em um corredor lotado da escola.

Então chegou o dia de vê-lo, estava muito calma afinal ele ainda não parecia real pra mim, parecia que uma hora ou outra eu ia perceber que era tudo fruto da imaginação, era como se eu tivesse achado alguém que correspondesse todos os meus pensamentos e esse alguém saísse da minha cabeça e simplesmente olhasse pra mim dizendo: _ Oi eu sou real e quero ser seu amigo! Quando o vi vindo em minha direção foi como se tudo tivesse parado e eu só consegui ver aquele sorriso incomparável, respirei fundo e aceitei dançar, só que parecia que tudo parou de funcionar num instante, unicamente me lembro de tremer e da musica que dançamos “ultima chance”, a e sem esquecer do seu cheiro porque inexplicavelmente sinto às vezes nos momentos mais improváveis, a impressão que ele deixou foi que não correspondia de nenhum modo o que eu estava sentindo naquele momento. Um pouco antes desse “primeiro encontro”, em uma de nossas conversas mencionamos estar interessados em distintas pessoas, eu obviamente o descrevi todinho, mas não disse que era ele e tive a esperança de que a individua que ele descrevia fosse essa que vos diz agora, então depois da primeira vez que o vi tive que perguntar... Ele disse que não era eu, não fez muito sentido pra mim, mas eu obviamente não podendo fazer nada aceitei e seguindo em frente tentava ver ele como amigo, conheci novas pessoas, embora aquilo ainda estivesse presente eu tinha que ser madura pra seguir em frente afinal “não seria nem o primeiro nem o ultimo” era o que eu costumava a ouvir nos conselhos que pedia.

Então foi naquele dia que o mundo começou a girar ao contrario pra mim, o dia em que ele disse que era eu, eu pensava que estava acabado, que eu já tinha colocado um pondo final naqueles sentimentos, mas ao ler aquilo tudo voltou com mais ferocidade, não porque eu sou do tipo de garota que fica sofrendo de paixonite aguda, eu realmente não perdia tempo com essas coisas, mas sabe quando você sente que aquilo é tão certo que parece ser obvio? Então foi exatamente o que eu senti, não foi algo planejado, foi algo que aconteceu, nós mesmos nos envolvemos a ponto de deixar as coisas irem um pouco rápidas demais. “Ele consegue me tirar do mundo real e tem me feito bem, é como se ele tivesse aberto novas portas” foi o que eu escrevi depois de uma das nossas conversas no dia 22/5.

Chegou então o dia tão esperado do primeiro encontro oficial, nesse eu estava realmente nervosa, imaginando como iria ser a nossa reação e no fim foi épico, eu cheguei ele veio em minha direção me abraçou e admito que nem imaginava mas ele me beijou, tudo parou, como sempre eu na pontinha dos pés, ele é alto, ou talvez eu seja baixinha mas aquilo não passou de um mero detalhe, eu nem acreditava que estava realmente acontecendo e tudo parecia certo, quando andamos de mãos dadas, quando ficamos só abraçados, rindo e conversando ou até mesmo em silencio. A hora passou voando quando vi já tínhamos que nos despedir e meu desejo naquele ultimo abraço foi segura-lo ali pra sempre, fui embora com um sorriso no rosto.

Continuamos conversando, e decidimos continuar, nos vimos de novo, ele me esperou no fim da aula, foi ótimo ver ele lá, o beijei e saímos, conversamos, rimos e nos beijamos como sempre, tudo se encaixava, sério pode parecer mentira ou algo que estou inventando mas quando o vi indo embora naquele dia tive o receio de algo, porem espantei rápido e rapidamente terminou, o vi em um baile quatro dias depois, não fazia sentido estarmos separados mas fingi bem, embora quisesse correr que nem uma maníaca gritando por ai, pois é.

Ai ele sumiu, acho que talvez essa tenha sido uma escolha não muito boa, afinal queria ele na minha vida mesmo que fosse como amigo, sempre fomos amigos acima de qualquer coisa, eu sempre soube que poderia contar com ele e ele comigo, já fazia parte, senti muita falta disso, então admito que arrumei uma desculpa qualquer pra procurá-lo e deixar claro que eu queria a sua amizade, que eu sentia a sua falta e qualquer coisa que tenha acontecido não poderia mudar, as coisas voltaram ao normal, como se nunca houvesse uma pausa e por incrível que pareça ficaram intactas, o meu medo é que realmente comece a ver ele com outro olhos, olhos de amizade, que meu coração decida colocar um ponto final nisso, não quero isso, as coisas poderiam ser diferentes, a gente não pode voltar e fazer um novo começo, mas sempre pode fazer um novo final não podemos sempre pensar no depois, esse é o agora e o agora não pode ser desperdiçado ou subestimado pela infeliz ilusão que haverá tempo ainda, sei que a única coisa que tenho escutado das pessoas ao meu redor é que estou perdendo meu tempo, mas não poderia dizer isso após conhecê-lo, te-lo comigo, e lembrar de cada detalhe de nossa historia que bem resumida lhes conto agora...

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